
DESABAFO DE BUGRE
É duro matear solito
Nesta madrugada transparente
Matear sem falar nada,
Rodeado de tanta gente.
No tempo, rodando e rodando
Olho a cadeira vazia
Que a poeira já toma conta
Esperando por ti, guria...
De tanto ficar sozinho
Até vou me acostumando
A uma certa esquisitice
De prosear com passarinho.
No peito xucro, impaciente
O coração masca o freio
Pateando e pedindo cancha,
Pra uma nova carreira.
Na cancha reta da vida
Já vislumbro o parador,
Mas sei que ainda há tempo
De ganhar esta carreira.
Mas que fosse carreira atada
Assim no más, sem muito ajuste,
E terminasse empatada
Contigo por parelheira.
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