terça-feira, 1 de março de 2011


Na sexta-feira dia 18 de fevereiro bati palma e meia (muito a pedido) para a colação de grau da nova turma de arquitetos e urbanistas da Uniaracruz. Dentre os novos arquitetos, minha querida filha... Fiz questão de enviar a todos e publico agora umas garatujas poéticas de uns cinco anos atrás, que escrevi para esta mesma turma:

POESIA

Hoje eu fiz minha opção pela poesia...

Pela poesia concreta

e pela concretude da vida.

Que nada seria, sem poesia...

Poesia contraponto

Poesia de um conto

Que nada seria, sem poesia...

Poesia dos concretos...

O que seria, sem poesia,

Dos mil arquitetos?

Apenas colunas quebradas

Tendas negras de almas sem teto,

Onde mendigas almas

Implorariam afeto...

Poesia das estradas, das pontes

Que levam poesias...

Se não fosse a poesia,

Que seriam das obras de engenharia?

Poesias das casas

Que seriam sem cor

Se não fosse a poesia

Dos suspiros românticos

Do amor que seduz

Das crianças barulhentas

E das contas de água e luz

Poesia dos jovens, homens e mulheres

Que levantam com o sol,

E deitam com a lua...

Poesia enxuta

Cirúrgica poesia

De jovens, homens e mulheres

Em incansável luta...

Poesia de todos nós,

Poesia maldita ou bendita, mas capaz

De transformar todos os campos de guerra

Em uma grande praça de paz.

Uma singela homenagem aos estudantes de arquitetura

Da Uniaracruz.