Na sexta-feira dia 18 de fevereiro bati palma e meia (muito a pedido) para a colação de grau da nova turma de arquitetos e urbanistas da Uniaracruz. Dentre os novos arquitetos, minha querida filha... Fiz questão de enviar a todos e publico agora umas garatujas poéticas de uns cinco anos atrás, que escrevi para esta mesma turma:
POESIA
Hoje eu fiz minha opção pela poesia...
Pela poesia concreta
e pela concretude da vida.
Que nada seria, sem poesia...
Poesia contraponto
Poesia de um conto
Que nada seria, sem poesia...
Poesia dos concretos...
O que seria, sem poesia,
Dos mil arquitetos?
Apenas colunas quebradas
Tendas negras de almas sem teto,
Onde mendigas almas
Implorariam afeto...
Poesia das estradas, das pontes
Que levam poesias...
Se não fosse a poesia,
Que seriam das obras de engenharia?
Poesias das casas
Que seriam sem cor
Se não fosse a poesia
Dos suspiros românticos
Do amor que seduz
Das crianças barulhentas
E das contas de água e luz
Poesia dos jovens, homens e mulheres
Que levantam com o sol,
E deitam com a lua...
Poesia enxuta
Cirúrgica poesia
De jovens, homens e mulheres
Em incansável luta...
Poesia de todos nós,
Poesia maldita ou bendita, mas capaz
De transformar todos os campos de guerra
Em uma grande praça de paz.
Uma singela homenagem aos estudantes de arquitetura
Da Uniaracruz.